“Temas Transversais em Sociologia – Estudos Anarquistas”

Seminário no Campus I/UFPB aborda Movimentos Anarquistas

"Temas Transversais em Sociologia – Estudos Anarquistas" ocorre até quarta-feira (27), no CCHLA; participam professores e pesquisadores do país e do exterior

Acontece até quarta-feira (27), no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (EFPB), em João Pessoa, o I Seminário Internacional - Temas Transversais em Sociologia – Estudos Anarquistas. Quem promove o evento é o Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) e o Grupo de Estudos e Pesquisas Anarquistas (GEPAn), do Centro de Ciências Humanas e Letras da UFPB.

 

De acordo com os organizadores, o evento propõe a prática da transversalidade como princípio teórico-metodológico. O objetivo é reunir professores e pesquisadores provenientes de universidades do país e do exterior em torno da temática dos Estudos Anarquistas.

 

O tema

O tema da transversalidade na Sociologia ganhou alguma importância nas últimas décadas. Uma delas está no fato de contribuir para evitar o que Pierre Bourdieu chamou de "monoteísmo metodológico". Se o objeto da sociologia é relacional, isto é, apenas existe a partir de um conjunto de relações das quais extrai suas propriedades fundamentais, então um dos desafios do sociólogo e do pesquisador é pensar relacionalmente: evitar a inclinação substancialista que percebe a realidade a partir de categorias autônomas e isoladas entre si – classes, grupos, etc. – para privilegiar as relações dos espaços sociais entendidos em sentido multidimensional. É um procedimento teórico e metodológico que coloca a possibilidade de conectar pesquisas e áreas do conhecimento que estão separadas apenas aparentemente.

 

O encontro conta com a participação de:

Adelaide Gonçalves, professora no Departamento e no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Ceará. Coautora, entre outros, de: A Bibliografia Libertária. O Anarquismo em Língua Portuguesa (São Paulo, Imaginário, 2001); A Imprensa Libertária no Ceará (São Paulo, Imaginário, 2000).

Alberto Centurião, dramaturgo, ator e diretor; foi professor (1986-1993) do Curso de Artes Cênicas da Faculdade Martup, ministrando aulas de Encenação, Teatro Aplicado à Educação e História do Teatro; é associado do Centro de Cultura Social de São Paulo.

Daniel Colson, professor de Sociologia na Universidade Jean Monnet (Sainte Etienne, França) e pesquisador no Centre Max Weber (Centre National de la Recherche Scientifique). Autor, entre outros, de: Petit lexique philosophique de l'anarchisme: de Proudhon à Deleuze (LGF, 2001) e Trois essais de philosophie anarchiste. Islam – histoire – monadologie (Léo Scheer, 2004).

Jesús Sepúlveda, professor na Universidade do Oregon (EUA); entre seus ensaios, destacam-se: El jardín de las peculiaridades (Ediciones del Leopardo, 2002); Realidades multidimensionales (Cuarto Próprio, 2011).

John Zerzan, pesquisador independente, filósofo e escritor. Editor da revista americana Green Anarchy e autor, entre outros, de: Future Primitive and Other Essays (Autonomedia, New York, 1994); Against Civilization: Readings and Reflections (Feral House, Los Angeles, 2005); Future Primitive Revisited (Feral House, Los Angeles, 2012).

Loreley Garcia, professora associada e coordenadora do Programa de Pós Graduação em Sociologia (UFPB). Entre suas publicações, destaca-se: Sexo e Anarquia (2012), Meio Ambiente e Gênero (Ed. Senac, 2012), Família como Armadilha (João Pessoa, Ed. Universitária, 2011), A pimenta e o sonho (João Pessoa, Ed. Universitária, 2008); e coorganizadora do "Dossiê Estudos Anarquistas Contemporâneos", Revista Política & Trabalho nº 37 (João Pessoa, PPGS, 2012).

Nildo Avelino, professor no Departamento de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba, coordenador do Grupo de Estudos Anarquistas (GEPAn), pesquisador no Centre Max Weber. Autor de Anarquistas: ética e antologia de existências (Rio de Janeiro, Achiamé, 2004); e coorganizador do "Dossiê Estudos Anarquistas Contemporâneos", Revista Política & Trabalho nº 37 (João Pessoa, PPGS, 2012).

Renata Pallottini, poetisa, dramaturga e ensaísta; foi professora na Escola de Comunicação e Artes da USP. Dentre seus trabalhos, destacam-se: Enquanto se vai morrer (1972), peça abordando o crime de tortura; Colônia Cecília (1987), adaptação para o teatro de uma das mais significativas experiências do anarquismo brasileiro. Estes e outros ensaios foram reunidos no volume Teatro completo (São Paulo, Editora Perspectiva, 2006, 888p).

Rodrigo Cruz Gagliano, anarquista, escreve sobre saúde como autogestão e resistência, amor livre e contra a sociologia e a linguística.

 

Mais detalhes sobre o evento podem ser conferidos no seguinte endereço:  

http://www.cchla.ufpb.br/estudosanarquistasou pelo telefone (83) 3216-7141.

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