Novo livro publicado: Política, Educação e Inovação
A parceria com o Prof. Dr. Thiago Modenesi (FG) rendeu mais um livro: Política, Educação e Inovação, editado pela Faculdade dos Guararapes.
Como desenvolver ações de reflexão acerca da
inovação na educação? É na política ou no espaço de atuação do pensamento
político que se busca a inovação. Inovar é buscar algo novo. O “Novo” aqui é
pensar em estratégias de melhoria, ampliação, resolução e conquistas. Inovar é
resolver pendências e buscar soluções. Faz parte do ethos da educação a busca
contínua pela inovação. Nossa coletânea buscou reunir levantamentos dispersos
em temáticas que têm em comum a discussão em torno da Educação, seguindo,
criticamente, as apropriações desenvolvidas nas políticas públicas do Estado e
seus vínculos com a inovação, além de circundar algumas ações mais micro
estruturadas na educação formal e não formal em torno das ações educativas de
inovação. Os limites de aplicação destas perspectivas são bem amplos e as
opiniões de cada pesquisador divergem quanto às aplicações. O leitor deverá, a
partir de sua leitura e análise, decidir se concorda ou não com os debates aqui
indicados.
Começamos nossa trajetória de investigação com
um extenso debate sobre a ordem pública, os sistemas de governo e a atuação do
Estado. Afinal, boa parte da inovação na educação advém das políticas públicas
implementadas pelo governo no gerenciamento da educação, trata-se, portanto, de
uma dimensão macrossocial. Em “Os conselhos municipais de educação: um espaço
de exercício da cidadania?”, Thiago, Edvaldo e Edilson confrontam a questão
teórica e a realidade dos conselhos municipais de educação e o nível de
participação popular; A inovação depende das ações de avaliação sobre o que já
foi feito. Com isto em mente, Pâmela em seu artigo “Circulação de ideias sobre
a avaliação de sistemas educacionais: assentamento desta prática no Brasil”
procurar avaliar os modelos utilizados no Brasil dos sistemas de avaliação
educacional discorrendo sobre seu desenvolvimento histórico e social; Outra
avaliação, mais prática, ocorre no trabalho “A educação em saúde na escola:
experiência de residentes multiprofissionais na cidade do Recife” de Hercília e
Gilmário que busca partilhar a experiência de residentes multiprofissionais em
saúde da família da UFPE acerca da educação em saúde na escola.
A inovação também é amplamente relacionada ao
campo da ciência e tecnologia, com isto em mente, José Dilson e Nilson
discorrem sobre o tema no “O papel da educação frente os avanços em ciência e
tecnologia: alguns encaminhamentos teóricos” que apesar de não se restringir à
experiência prática dos autores, toma como base justamente suas reflexões e
práticas docentes desenvolvidas no Centro de Formação de Professores da UFRB; A
interface das políticas educacionais em confronto com as da ciência e
tecnologia continuam no trabalho “Parques tecnológicos como instrumento de
apoio ao desenvolvimento industrial de PE: novas concepções e primeiros passos”
de Bertotti, Abraham e Alexandre
que aponta para a necessidade do tripé Universidade, Empresa e Governo como
absolutamente necessários para o desenvolvimento de um ambiente de inovação em
PE alinhado com o que há de mais avançado no mundo; A regulamentação destes
tipos de iniciativa governamental são o foco do trabalho “Estado, mão invisível
e seletividade: breves reflexões” de Liliane, Denilson e Thiago. O debate entre
a tensão ocasionada pela prática política e a lógica filosófica valorativa da
ação política se apresentam no amplo trabalho de Anne, intitulado “Ciência,
tecnologia e inovação na constituição consoante alterações introduzidas pela EC
nº 85/2015: flagrante influência furtadiana e schumpeteriana.”
Saindo um pouco da política explícita caminhamos
pelas ações práticas dos agentes sociais e suas ações de inovação. Esta
trajetória se inicia com a análise de Danielle sobre o “ O Espaço da EAD nas
IFES”. E, sabemos que nos últimos anos, boa parte da inovação na política
educacional das IES públicas e particulares têm se voltado para o ensino à
distância. Chegando na sala de aula avaliamos pelo olhar de Karla, como os
materiais didáticos podem colaborar ou não para a inovação no artigo intitulado
“Educação e linguagem: como fica a questão dos gêneros textuais nos livros
didáticos de língua portuguesa?” e finalizamos com um texto meio ensaio, meio
relato de experiência de Amaro que questiona o impacto cultural da exibição de
filmes em sala de aula. É possível perceber níveis de inovação diferenciados na
educação quando exibimos um filme legendado ou dublado? Veja se concorda com a
análise no polêmico “Dublado ou legendado? reflexões sobre a exibição de filmes
na sala de aula”.
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