Nada, era o que nos restava...

Nada, era o que nos restava


Recife, praia de boa viagem, 16 de abril de 2016. 


Reclamaram apenas os passarinhos
Despejados de sua casa a facadas
Sorriam, com o cantar, os vizinhos
Impassível e lamentando eu estava
Era a diesel-morte que devagarinho
Minha frágil dignidade caia roubada
Pois, nos galhos e folhas mastigadas
Minha alma se desnudava...
E sofrer com eles da sacada,
Vendo o motor que a tudo cerrava
(Nada) Era o que nos restava.


Foto e impressão poética da manhã deste dia de abril, quando acordei com os gritos dos passarinhos e os estalos dos galhos... 

Nenhum comentário