[Bancas de TCC] Especialização em Cultura Pop e Quadrinhos

 

Na terça-feira, 25 de maio de 2021 duas de minhas orientandas dos cursos de especialização em Cultura Pop e Histórias em Quadrinhos da Faculdades EST-RS, apresentaram seus trabalhos de conclusão.  

Essa atividade foi decorrente ainda do período em que atuei no Grupo de Pesquisa CultdeCultura da EST durante meu estágio de Pós-doutorado em Teologia.

Participaram da banca de avaliação: o Prof. Mestre Charles Klemz e o Prof. Dr. Ruben Marcelino Bento da Silva.

A seguir os temas dos trabalhos: 

OS ROLEPLAYING GAMES DE MESA COMO MEIO AUTÔNOMO NA CULTURA POP – UMA DISCUSSÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS RPGS ATRAVÉS DAS QUALIDADES DO JOGO DE JESSE SCHELL

De Mônica Lima de Faria

Resumo:

O presente trabalho busca discutir os RPGs de mesa (roleplaying games) como um tipo de jogo com características próprias, podendo ser considerado um meio autônomo, assim como os jogos digitais são distintos. Para tal, apresenta-se o objeto RPG de mesa e averígua-se suas características a partir das qualidades de um jogo segundo Jesse Schell (2011). A fim de atingir o objetivo, opta-se pela Hermenêutica de Profundidade (HP) de Thompsom (1995) como método de pesquisa, por entender o meio como objeto simbólico dentro de seu contexto. Seguindo as etapas da HP, faz-se a análise sócio-histórica, em que se apresenta o objeto roleplaying game, seu surgimento e situação social; após a análise formal ou discursiva, quando averigua-se o objeto em relação às 10 qualidades de Schell, discutindo ponto por ponto; por fim, a interpretação/re-interpretação, quando discute-se os resultados da análise e observa-se que os RPGs possuem características próprias que vão além daquelas apontadas por Schell, sendo elas performace, liberdade e possibilidade de serialização.  

DIVERSIDADE DE IDENTIDADES FEMININAS EM CAPITÃ MARVEL – REENTRADA

de Karla Tatiany Souza Silva

Resumo:

Capitã Marvel – reentrada narra a história em quadrinhos (HQ) de super-heroínas que precisam encontrar um meio de saírem e tirarem outras mulheres do confinamento que um antigo vilão do Universo Marvel impôs a elas. Por meio de uma pesquisa caracterizada como exploratória e bibliográfica, este estudo reflete sobre a diversidade das identidades femininas apresentadas nessa HQ. Será fundamentado nas concepções do biopoder focaultiano (2014), na performatividade analisada por Butler (2017), nas estruturas de dominação sugeridas por Bourdieu (2002) e no mito da beleza apontado por Wolf (2018), bem como em estudos que indicam a compreensão da criação das personagens femininas a partir do olhar masculino sobre elas. Conclui-se atestando que a leitura criticada de quadrinhos contribui para compreender o debate sobre gênero feminino na Cultura Pop.