Como Foi: III Viñetas Serias - Argentina
Ao que tudo indica, o 2º dia do evento perdeu ainda mais o pique.
A "organização" do evento anda muito bagunçada e desconexa em diversos sentidos.
Primeiro cobraram o dobro do valor da inscrição para os brasileiros, sem nenhum esclarecimento que explicasse o motivo. Enquanto todos pagavam 400,00 pesos, nós fomos taxados em 800,00 pesos!
Todos os lançamento de livros de brasileiros foram boicotados. Só estiveram na programação espaços reservados para as "Presentación de libros" os hermanos argentinos, isto é, a prata da casa. Os estrangeiros foram jogados (e não existe palavra mais adequada) numas mesas de madeira controladas por livreiros. Até aí tudo bem, apesar de terem descumprido a programação que previa a inscrição para lançamento de livros, é normal deixar os livros com livreiros. O pior vem depois...Os livreiros, no fim do expediente, foram embora e deixaram alguns dos livros jogados e abandonados a própria sorte no salão, como se fosse normal. Nesta situação ficaram um dos meus e todos os de Thiago Mondenesi. Puro e simples descaso.
Resultado? Completo abandono do evento. Em todas as mesas que participei faltaram um ou dois palestrantes - o que é relativamente comum em eventos, mas como a participação reduzida, a sensação de abandono é ainda maior. Inclusive, na mesa das 14h, sobre gênero e sexualidade nos quadrinhos, não havia ninguém até às 14h45... quando vieram tentar remediar avisando do atraso da coordenadora da mesa...Devo confessar que a primeira mesa, sobre Etnicidade nos quadrinhos, ocorrida pela manhã, começou e terminou no horário e foi bem gerenciada pela Geisa Fernandes.
As conferencias de hoje, que foram muito boas (com o Waldomiro Vergueiro e o John Lent), estavam com um público de 20 pessoas - contadas a dedo, metade do que foi observado na abertura.
O destaque do evento fica mesmo com a participação de muitos pesquisadores de diferentes locais: Coréia, Austrália, EUA, Espanha, Chile, Colômbia e Brasil, claro - ainda a maior delegação...
Minha surpresa hoje, foi a excelente fala/exibição do projeto COMICUBO de Diego Agrimbau e Lucas Varela, que relataram um projeto desenvolvido na França de enclausuramento para confecção de quadrinhos com inovações estéticas. Algo fenomenal com resultados inovadores e instigantes. Eles fazem um tipo de retiro em granes casarões, isolados de tudo -sem TV ou qualquer outro meio de comunicação, visando a produção de quadrinhos e expressões artísticas com/através da linguagem quadrinhística.
A seguir exibo algumas destas inovações experimentais na produção de quadrinhos que beiram a produção visual contaminada com a linguagem da narrativa sequencial. (Que conta com trabalhos desenvolvidos na FADU-UBA na disciplina de Meios Expressivos)
Amanhã é o último dia do evento, mas encerro minha descrição por aqui.
É melhor não falar mais, apesar de saber que é bem provável que meu resumo não seja aceito ou se extravie na próxima edição.
Desabafo sobre o primeiro dia, aqui.
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