Como foi: "Mafalda en Su Sopa"



Juro que não estou de TPM e nem sou 24h mau humorado. Pelo menos não todo o tempo! :)
Parece que esta minha estada na Argentina foi uma das piores. Minha criticidade estava num nível insuportável! (kkkkk) E além de tudo o celular não funcionava e minha máquina digital estava com péssima qualidade, enfim, um daqueles períodos....

Nunca fiquei tão decepcionado com tudo ao meu redor.


Fui visitar a exposição "Mafalda en Su Sopa", em comemoração ao aniversário da Mafalda e da homenagem a Quino, com muita expectativa. Uma expo de comemoração, na terra da personagem, só poderia ser uma mega exposição.
Engano infantil.



A exposição parece que foi feita com pouca estrutura. Não se enganem, não é uma exposição ruim. É boa, legal de passear. Muitos originais expostos (que me deixou surpreso por reconhecer que Quino desenhava as tirinhas em papel A3, com matrizes enormes para a versão final).
Muitas publicações impressas da época, ainda nas páginas dos jornais e livros em vários idiomas.



O que me deixou desanimado é que parece uma exposição feita na década de 1997. Os cartões informativos, legendas e descritores foram produzidos em máquina de datilografar elétrica e colados na parede, alguns caindo e descolando ou tortos.



Alguns expositores de material saíram do lugar e se desprenderam, ficando desarrumados.
O catálogo produzido da exposição não existe mais, nem para a venda, nem para distribuição (E veja que estou visitando a expo apenas 20 dias depois de sua inauguração!).



É pura falta de organização museológica. Mesmo quando temos uma quantidade limitada de catálogos, distribuímos em cotas por dia ou semana, durante a mostra, permitindo assim que os frequentadores, em todo o período, tenham a oportunidade de aproveitar a exposição.
Ela está programada para ficar até dezembro... se agora, 20 dias depois, já está se desmontando e se desestruturando, imagine com mais dois meses....




Gostei bastante da ideia de expor painéis, semi-transparentes. Achei o efeito bem interessante, plastica e informativamente.



Ao todo existem três exposições sobre Mafalda na cidade: na Biblioteca Nacional (seguem as fotos), no Museu do Humor (Não pude tirar fotos) e em outro espaço que não me recordo o nome agora.





O Caminho das Historietas foi renovado e está mais claro e vívido, sem possibilidade de se perder. Também inauguraram mais duas estátuas ao lado de Mafalda (Miguelito e Suzana).


Passei umas duas horas sentado só olhando frequência do movimento no ponto de Mafalda e apesar de ser um dia bem calmo, em nenhum momento a Mafalda teve descanso. Isso é um indicativo de como uma simples estátua comemorativa pode se tornar uma importante atração turística e movimentar a economia local (graças ao câmbio favorável, foram dois litros de cerveja com um pote de amendoim por R$20,00!)



Esta oportunidade o Brasil está deixando passar. Deveríamos fazer algo semelhante!


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