[Banca de Doutorado] A CONSTRUÇÃO DA UTOPIA EM OS INVISÍVEIS DE GRANT MORRISON



Na tarde da sexta-feira 20 de maio de 2020, participei da banca de avaliação da Tese de Doutorado de Attila Piovesan sobre Os Invisíveis de Morrison. Foi até rápido, 5 horas de apresentação on-line. 

Segue alguns comentários sobre a apresentação e antevejo prêmios vindouros para o trabalho. 


Avaliação de Banca de Doutorado

Dados Gerais

Pesquisador: ATTILA DE OLIVEIRA PIOVESAN
Título: ET IN ARCADIA EGO: MARQUÊS DE SADE E A CONSTRUÇÃO DA UTOPIA EM OS INVISÍVEIS DE GRANT MORRISON

Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Espírito Santo.  Orientador: Prof. Dr. Luís Eustáquio Soares. Maio de 2020. 327p.

RESUMO
A partir do momento em que o autor de quadrinhos Grant Morrison faz do Marquês de Sade um dos personagens da graphic novel Os Invisíveis, transformando-o em construtor de utopia em um mundo à beira do evento escatológico que ascenderá a humanidade a um nível superior de existência, pessoas familiarizadas com os escritos do infame libertino podem questionar as razões de tal escolha. Assim, este trabalho investiga em que condições o "divino marquês" é eleito como o candidato adequado para este papel, enquanto tenta entender como o processo de apropriação na forma de personagem ficcional articula-se aos outros temas presentes na narrativa: o preço das revoluções, o movimento romântico, a relação problemática entre ficção e realidade e a realidade como linguagem. Tal empreendimento contará, entre outros, com os subsídios teóricos do filósofo pós-estruturalista Michel Foucault e do lógico Charles Sanders Peirce, um dos pais da semiótica moderna, para tratar a questão como espécie de "arqueologia semiósica", que permita também compreender como as paixões e sua relação com os conceitos de interesse e egoísmo, surgidos nas esferas da economia e da filosofia moral, resultaram na postura filosófica perversa de Sade. Entretanto, as implicações não-emancipatórias do uso de Sade, cuja negatividade radical propagada nos discursos do notório deboche do final do século XVIII ainda sem paralelo no século XXI, não devem ser desconsideradas e serão analisadas para entender as potencialidades e limitações do discurso utópico de Morrison, inclusive em suas aplicações no mundo real.
Palavras-chave: Os Invisíveis. Marquês de Sade. Utopia. Linguagem. Ficção e realidade.

Palavras iniciais:

Bom dia a todos e a todas. É um prazer enorme participar deste espaço e deste momento de conclusão de trajetória de pesquisa. Conheço o Áttila, acredito, desde 2015, quando nos encontramos em um congresso de quadrinhos em Leopoldina. Venho lendo e ouvindo suas apresentações em diversos congressos desde então. Então, a satisfação é conclusa ao ver sua trajetória intelectual finalizar uma etapa importante e começar outra ainda mais desafiadora. 

Agradeço ao professor Luís Eustáquio Soares, pelo convite e lembrança. Cumprimento os colegas avaliadores: Profª Drª Fabíola Simão Padilha Trefzger,  Profa. Dra. Rafaela Scardino Lima Pizzol e o Prof.Dr. Rubens César Baquião, que também é umvleho conhecido dos congressos. 

Comentários:

Attila apresenta um texto literário altamente reflexivo e instigante. Suas inferências e namoros com as teorias que usa como base, são tão bem orquestradas que o leitor não apenas se sente envolvido com a linguagem e as ideias, mas também é convidado, tal qual no ménage à trois, a se deleitar em prazer. 
Começa seu trabalho já nos apresentando a dimensão de “revolução definitiva” que 
foi prenunciada pelo Marquês de Sade. Aliado a isso, faz um anamnese do Grant Morrison, mostrando as bases filosóficas que conduzem seu trabalho criativo, resumindo-as à dimensão do terrorismo ontológico que é associado ao anarquismo.

E é este o conjunto de aspectos que o faz “indagar os motivos que levaram Morrison a escolher o infame aristocrata como uma força capaz de ajudar a construir uma utopia.” (p.14)

Seu trabalho de investigação busca perceber a estrutura lógica de um universo ficcional e seus processos de significação. E como tudo isso implica na percepção de valores políticos e uma visão crítica sobre a responsabilidade social. E é interessante notar que há um imbricamento entre a proposição dos criadores da obra e suas perspectivas políticas (percebam as implicações pedagógicas e sociológicas desta constatação que ocorre pelos dados e inferências que o Attila apresenta).  

Como ele mesmo pontua, seu objetivo é simples: “compreender quais interpretações da figura e dos escritos do Marquês de Sade permitiram a apropriação em Os Invisíveis como elemento construtor de utopias” (p.17), em outros termos: “como o Marquês de Sade é utilizado na graphic novel Os Invisíveis para anunciar a falência do projeto civilizacional do racionalismo iluminista e criar um novo tipo de sociedade emancipada, em suma, uma utopia” (p.23). Deste modo busca perceber como ele desenvolve uma “crítica de Morrison ao conceito de revolução “ (p.19)

Ao mesmo tempo que estabelece uma concentrada avaliação de uma obra, Attila consegue, com uma qualidade fenomenal, avaliar a trajetória destas ideias e processos criativos por vias de outros momentos, historicamente processados antes, durante e depois da sua obra-objeto.

“A perspectiva diacrônica é útil para compreender a evolução de certas ideias e como elas se manifestam em diferentes momentos da carreira do autor, indicando constâncias e desvios, mas optou-se predominantemente pela lógica específica da série e suas metamorfoses conceituais internas, minimizando, portanto, a presença de outros textos do roteirista.” (p.20)

Seus comentários de rodapé são deliciosos, instrutivos e elucidam verdades potenciais. As questões de tradução são tratadas com delicadeza e parcimônia, com um pai que pacientemente explica ao seu filho, inapto como obter sucesso. Isso demonstra como Attila é um pesquisador afiado, preocupado com os detalhes de cada palavra, literalmente, e as associações culturais e políticas que desperta.  Isso me lembrou a tradução de Mamede Mustafa Jarouche do Mil e uma noites de 2005, no qual as notas de rodapé são um deleite de explicação. 

Isso deixa qualquer avaliador em euforia, tanto do ponto de vista da excitação de encontrar um texto de qualidade ímpar, quanto preocupado com cada termo e palavra que pretende usar na avaliação, afinal, trata-se de um ouvinte mais que especializado e crítico. É um ouvinte apaixonado e atento pelos signos e seus usos. 

Aliando isso ao trabalho hermenêutico que você faz com as noções de filosofia política e suas implicações para comportamentos e práticas, ao longo do texto, sua abordagem parece se construir em torno de uma reflexão política e filosófica acerca de um processo criativo. 

E tal qual a Ordem hierárquica das paixões, que ele descreve, eu me via na encruzilhada de ler com prazer um texto que me agradava e me fazia refletir sobre tantas coisas em devaneio, desejando ficar deitado na cama ou na rede, simplesmente, lendo e imaginando suas inferências – indo até as fontes pra consultar; e a dor de lembrar da obrigação da leitura acadêmica, que me tirava dos leitos confortáveis e me levava até a bancada de trabalho e à aridez da tela do computador e da necessidade de tomar notas e marcar o texto. 

Aqui o racional e o passional se digladiaram constantemente. Talvez, se eu tivesse o manuscrito impresso em mãos, o passional pudesse ganhar a maioria das batalhas. Mas o arquivo digital me obrigava a sair do leito e confrontar a tela clara e iluminada das anotações. 

É incrível perceber que Sade tenha desfrutado (me perdoem pela ironia) das angustias opressivas de três regimes políticos distintos na França, mantendo-se em passagem no sistema prisional. Este exemplo é ótimo para uma aula sobre burocracia e sistema estatal, mostrando como opera a máquina pública, independente do regime político vigente. E de como padrões de desigualdade social são ou não legitimados pelo Estado, independendo de suas situações per se. 

Attila vai construindo uma narrativa que investiga os processos cognitivos que usamos para interpretar sentimentos e emoções, perceber dor e prazer, felicidade e desejo, gozo e sofrimento. Confronta, critica e explica posições clássicas de Condillac, Hobbes, Locke, Hirschman e D’Holbach, passando pela biopolítica de Foucault , as libidos de Santo Agostinho, Maquiavel, até chegar na dialética de e Adorno e Horkheimer. É uma trajetória hercúlea que atesta seu potencial e sua verbe intelectual. Seu domínio sobre os conceitos e a riqueza com que cerzi as relações de sentido entre as ideias, os acontecimentos literários e as cenas nos quadrinhos é impressionante.  Tudo com o objetivo de compreender o impacto social que os sentimentos individuais têm. Nesta trajetória, o pensamento político, desenvolvido na filosofia política, dos clássicos ao contratualistas, é discutido por Attila envolvendo a análise dos textos de Sade e ainda resgata, tal qual um historiador literário, a história do rosacrucianismo. 

E pondera: “O interesse, seja denominado autointeresse, amor por si, egoísmo, etc., subitamente se tornou a fonte da explicação de todas as ações humanas, capaz de, sem se fiar na destrutividade da paixão e na ineficiência da razão, ser uma fonte de esperança para uma sociedade desconfiada tanto do racional quanto do passional.” (p.45). 

Isso o leva a concluir sobre uma gênese do pensamento capitalista, com forte associação weberiana, não no sentido de ethos protestante, mas de conseguir associar um sentimento humano (e suas vicissitudes históricas) às mudanças de sistema social e político:

“Tudo isto gera uma transformação ideológica impressionante. Dinheiro e comércio,  outrora vistos com desconfiança e desdém, tornam-se os redentores da humanidade capazes de controlar as paixões a partir do autointeresse. Politicamente, a Europa testemunha o surgimento de uma classe social despida dos preconceitos aristocráticos sobre as atividades econômicas, e o trabalho, de maldição oriunda do pecado original, converte-se em instrumento útil na busca pela felicidade.” (p.45). 

Se há mobilidade do desejo, há inquietação que leva a insatisfação (Locke). Felicidade seria durável. Prazer, passageiro. (Barão D’Holbach) e conclui que “A diferença entre felicidade e prazer é de duração e intensidade”. (p.38)

Resumindo: “abordou-se de que maneira as paixões foram entendidas a partir do século XVII e o que isto implicava para as relações de soberania com a inserção do desejo, que pode ser disciplinado, e do prazer (entendido aqui como sinônimo de gozo), que está além do mero controle disciplinar – salientando, contudo, a transição do poder disciplinar para o biopoder como uma saída para o exercício da soberania sob a multiplicidade dos corpos dentro de um novo paradigma do pensamento econômico (o liberalismo e suas ferramentas econométricas e estatísticas) (p.37)

Attila conduz cada sessão de usa tese, entrecruzando uma entre a outra, costurando uma rede e ajudando o leitor a entender sua trajetória de sentido. E é difícil acompanhar, não no sentido de entendimento ou da fluidez, mas do fôlego mental que o leitor precisa ter. E tudo isso me indicia que é um pesquisador atento e com acuidade com a sua linha de pensamento. 

Quando traz Ingedoree Koch (2014), Attila esclarece algo importante para qualquer analista que estabelece um estudo comparativo:

“Mesmo reconhecendo o papel do autor, é preciso lembrar que um texto, qualquer que seja, não pode ser julgado apenas pela intencionalidade autoral, pois há todo um conjunto de elementos do outro lado da equação textual que é o processo de recepção pelo leitor, que julgará a obra de acordo com seus próprios critérios a partir de todo um complexo de fatores culturais, políticos, sociais, individuais, cognitivos e intersubjetivos. Se muitas recepções se assemelham, isto se dá porque muitos elementos deste complexo são partilhados pela comunidade. Textos não são meramente as palavras, e sim objetos de sentido que surgem a partir da relação entre sujeitos em seus entornos socioculturais. Juntamente às estratégias retóricas e estéticas do autor, temos o leitor, seu repertório, suas cognições e estratégias de recepção. É esta dinâmica que permite a construção do sentido de uma obra.” (p.61)

Para ajudar seus leitores não tão intelectualmente afiados, poderia ter usados quadros de referência que resumissem as informações, permitindo uma visualização mais centrada. Mas isso é a perspectiva de um estruturalista mal-acostumado....  Mesmo assim, por serem tantas as categorias de análise que são exploradas que quadros de resumo sinóptico seriam mais do que bem-vindos. 

Às vezes, em alguns momentos, Attila, com pena do seu leitor inculto, abrevia: “Para resumir o que se tem até agora” e nos dar uma pausa para respirar.... 

Outro ponto que se destaca e que eu entrei no trabalho achando que viria uma semiótica da imagem, não apenas pelo enunciado, mas pela própria trajetória de Attila e seus vínculos com Peirce, mas, surpreendentemente, encontrei uma semiologia dos sentidos. São poucos os momentos em que a imagem, materialmente falando, ocupa seus discursos. Isso não é um problema. É um atestado que mostra que o pesquisador fugiu das expectativas que são geradas quando se pensa em semiótica aplicada aos quadrinhos. 

Os Invisíveis, segundo Attila, é uma obra que segue o esquema de Morrison de “obliterar a distinção entre realidade e ficção” (p.73) ou “a indistinção entre ficção e realidade.” (p.96), em uma mixagem que envolve:

“Além do ocultismo, há muitos elementos de ficção científica e sátira, entremeadas por comentários políticos, teorias da conspiração e hiperviolência cinemática, temperados pela tríade estética comumente adotada por Morrison (dadaísmo, surrealismo e situacionismo), que em Os Invisíveis são conjugadas ao romantismo para indicar o horizonte utópico almejado pelo autor inaugurado na manhã de 22 de dezembro de 2012, a data do fim do mundo na história em quadrinho” (p.74).

“Morrison transmuta o “histórico real” em ficção (sua versão do encontro de Shelley com Byron em 1818), e a ficção em ficcional (a cena já fictícia do hospício no poema convertida em uma ficção do encontro dos poetas), fazendo assim o ficcional inerente ao “histórico da narrativa” se misturar ao “histórico real” (os eventos do poema ocorrem antes mesmo deles acontecerem na realidade).” (p.97)

Desta forma, segundo Attila, 

“Ao contrário da mera ficção, a literatura utópica pretende-se uma força de mudança das condições de vida, pensamento e produção humanos. Porém, seu reformismo propositivo tampouco faz parte da política enquanto prática governamental, que é a esfera da atividade humana naturalmente visada pelo utopismo. Ficcional demais para ser real, seu objetivo é tornar-se real demais para deixar de ser considerada mero ludibrium”.(p.162)

Apresenta, após o extenso estudo de inferências múltiplas entre as obras de destaque como ficção e narrativa não são sinônimos:

“Neste ponto, cabe advertir que narração (encadeamento discursivo da ação em seu
princípio, desenvolvimento e conclusão) e ficção (aqui tratada como estados possíveis de alguma realidade constituída discursivamente) não são sinônimos, e também deve-se lembrar que nem toda literatura é ficcional: pode-se até defender que as características de uma narrativa são empregadas e desenvolvidas ao máximo em obras literárias ficcionais, dando-lhes o caráter comumente aceito de modelo a ser seguido para a elaboração de uma narração, mas tais características não se restringem ao fictício, já que discursos com valor de verdade como o jornalístico e o jurídico valem-se plenamente da narrativa, embora o exercício da potência imaginativa que permita preencher de forma plausível as lacunas do conhecimento por meio de narração pareça se relacionar, em algum grau, à ficcionalidade.” (p.169)

Esta mescla inclui a percepção dos anacronismos, nas liberdades e variações em relação à historiografia oficial: 

“O leitor inclinado a minúcias historiográficas notará que a crítica de Morrison aos excessos revolucionários peca pelo anacronismo: a Place de La Concorde ainda não tinha estenome quando os Invisíveis visitam o período retratado; tricoteuse como designação de ativistas políticas surge somente a partir de 1795, e supostamente apenas em meados de 1793 começaram a tricotar em execuções (depois de serem barradas das assembleias políticas); a quantidade de mil guilhotinados por mês em Paris informado por Etienne só ocorreria no final do Terror; por fim, a frase de Fouché surgiria apenas em outubro de 1793.” (p.105)

A teia de significados entre o uso de objetos literários e suas relações de sentido na história em quadrinhos começa a se construir inicialmente com Panosfsky (o que muito me agradou) ao estabelecer uma relação entre imagem e seus sentidos.

Boa parte do debate apresentado por Attila permeia as convergências entre o real com ficcional e a verossimilhança na coesão interna da obra. Ou ainda, a ênfase na função poética da linguagem: o texto literário manipula a palavra, revestindo-a de caráter artístico.  Apesar de Attila não dizer com todas as letras, a leitura de seu trabalho é um atestado de como a densidade da escrita quadrinizada pode atingir um nível de complexidade artístico impactante ao associar imagem e texto na justaposição de imagens em sequência deliberada. 

Outro ponto que me despertou bastante interesse, mas que não foi explorado pelo Attila é a existência do redesenho de algumas sequencias de páginas de Ashley Wood posteriormente refeitas por Cameron Stewart. Este case, ao meu ver, tem potencias para discutir as escolhas estéticas na construção das páginas e o papel dos desenhistas na mudança de percepção sobre os efeitos do roteiro. 

As características de uma Utopia se tornam alvo de sua investigação, descrevendo-a minunciosamente e enxergando nela, com atesta, “mais que uma categoria literária”, é uma receita bem estruturada: definição, debate, posições dispares, ambientação em Os Invisíveis. 

Vai traçando uma trajetória de ideias, reproduzidas nos quadrinhos, que associam Blake, Sade e Shelley como portadores de princípios políticos e revolucionários, cada um a seu modo:

“A proposta dos diálogos entre os poetas em Os Invisíveis seria justamente demonstrar a problemática da utopia e sua relação com a violência, e como achar uma saída deste círculo vicioso”. (p. 93)
A grande questão geral é perceber que Morrison transforma seu quadrinho em um ato político revolucionário. Ou pelo menos um instrumento pelo qual isso pode correr. Se isso se efetiva enquanto manifesto político é algo que só saberíamos por vias de um estudo de recepção. No mínimo, é um bom exemplo da riqueza de intertextualidade utilizada por um autor com suas leituras políticas. 

O que aparece na afirmação: “a consciência dos leitores e que “OS INVISÍVEIS não é um quadrinho sobre algo, mas é a própria coisa e cada leitor é um Invisível em potencial.” (p.163).

E o contraponto de todo o debate político com um viés anarquista ocorre com o fato da publicação ocorrer por uma editora comercial que representa todo o espaço de crítica ao capitalismo não revolucionário. Attila se posiciona, mostrando os conflitos e incongruências que recém sobre Morrison, quando problematiza:

“O objetivo dos Invisíveis, no fim, é democratizar radicalmente este meio de produção e “educar” a sociedade para que, no fim, todos tenham a capacidade de criar a realidade que querem antes da fusão total de individualidades no Supercontexto. De Sade aos poetas românticos, e destes aos hedonistas hi-tech, o projeto invisível de educação para o desejo permite que qualquer sonho seja realizado.” (p. 261)

O trabalho de Attila é indicado para todos que pretendem realizar um estudo comparativo entre mídias com o objetivo de perceber as intertextualidades.  

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